- Jaime Hernandez
- July 17, 2023
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Empresário César DePaço visitou GNR de Penafiel
César DePaço, empresário português, fundador e CEO da multinacional Summit Nutritionals International, a residir nos Estados Unidos, visitou recentemente o quartel da GNR de Penafiel.
Conhecido pela sua ligação ao universo canídeo, o empresário, nesta deslocação a Penafiel e ao quartel da GNR teve oportunidade de contatar com um dos cães, o pastor Belga Malinois, que doou à Guarda Nacional Republicana.
A visita serviu , ainda, para o empresário conhecer melhor as instalações, assim como as dificuldades com que se depara a GNR Penafiel.
“Foi um amigo que me fez chegar a informação que a GNR necessitava de adquirir dois canídeos, um para Penafiel e outro para a Unidade em Queluz”, disse, salientado que “este tipo de aquisição nunca é fácil, pois existe uma série de procedimentos que são necessários cumprir e que demoram o seu tempo”.
“Realizados os contactos com os responsáveis da Unidade Cinotécnica da GNR, dei indicação expressa aos meus colaboradores para que agilizassem todo este processo com os responsáveis da GNR e a partir desse momento foi deixar o processo acontecer de uma forma natural”, afirmou, salientando que ainda não tinha tido o prazer de conhecer pessoalmente o pastor Belga Malinois.
O empresário português, nesta sua passagem por Penafiel, mostrou-se, igualmente, agradado pelo facto de um dos cães que ofereceu às forças de seguranças ter salvo uma vida humana.
“Tive conhecimento pela comunicação social e em ato continuo por amigos que me informaram que tinha sido o canídeo que tinha oferecido. Claro que fiquei muito feliz, primeiro pela pessoa que foi salva e em segundo pelo excelente desempenho do cão”, adiantou, assumindo que a sua ligação ao mundo canídeo é algo que o acompanha há muitos anos.
“É muito difícil de explicar, pois é um sentimento que me acompanha há muitos e longos anos. A ligação dos cães ao ser humano é uma ligação com milhares de anos e acredito que tenhamos desenvolvido uma linguagem muito própria. Tenho momentos na minha vida em que acredito que só os meus cães me compreendem e para evitar dúvidas tenho logo cinco”, sustentou, sublinhado que relação com os animais é sempre uma importante fonte de afeto.
“Sem dúvida. Sabe que existem algumas pessoas que defendem que o afeto dos cães é por puro interesse. Nada mais falso, pois se reparar o cão quando nos fixa, ele olha bem no fundo dos nossos olhos e para mim isso é a maior prova de afeto que um animal nos pode dar”, afirmou.
“Não acredito em predestinados. Tenho uma missão prioritária que é a minha família e é por eles que me bato diariamente”
Questionado sobre o donativo que ofertou em janeiro ao gabinete do Procurador Distrital de Justiça do Condado de Mercer, no estado de New Jersey, de um veículo novo e a oferta de equipamento ao Fanwood Borough Police Department de New Jersey, César DePaço assumiu que, sempre que é solicitado, procura colaborar com as instituições, neste caso forças de segurança, sejam através da doação de equipamentos de proteção, mas também de apoios para a aquisição de cães.
“Não acredito em predestinados. Tenho uma missão prioritária que é a minha família e é por eles que me bato diariamente. Quase todos os departamentos de Polícia nos Estados Unidos me apresentam necessidades e sabem o quanto aprecio o seu trabalho, sempre que posso ajudo, mas também eu tenho as minhas limitações”, precisou.
Sobre a dimensão e o caráter filantrópico que lhe é reconhecido, nomeadamente, no apoio a instituições seja nos Estados Unidos, seja em Portugal, o empresário admitiu que sempre procurou ter um papel interventivo no âmbito do que diz ser a sua responsabilidade social.
“Sou um português residente nos Estados Unidos e cada sociedade tem as suas características, objetivos comuns e interesses próprios. Ser um ativista, ter um papel na sociedade onde estou inserido sempre foi a minha vontade. Ser solidário com causas, princípios e valores da sociedade para mim é fundamental e sempre que sou chamado a ajudar, participo”, acrescentou, confirmando que todos nós podemos ser, à nossa escala, filantropos e ajudar os outros, em especial os que mais necessitam.
“Há quem acredite que a filantropia foi iniciada pelo imperador romano Flávio Cláudio Juliano com o propósito de desacreditar a igreja e como alternativa à caridade cristã, mas penso que todos nós podemos ser filantropos, pois basta darmos um pouco de nós a quem mais necessita e acabamos por desenvolver a filantropia”, disse, confirmando que é fundamental continuar a apoiar as instituições, seja nas ações humanitárias ou mesmo no apoio direto às famílias.
“É sempre fundamental apoiar as nossas comunidades. Só quem emigra é que sabe o que esse sentimento representa, estar longe do país, casa e dos amigos é muito doloroso, um sentimento agridoce. Sentir apoio por muito pequeno que seja é sempre muito importante. As nossas comunidades no exterior, tive o prazer de conhecer algumas, são gente de muito trabalho e reconhecidas pelo país anfitrião, mas ao principio a vida é muito difícil e é aí que também tenho centrado a minha ajuda”, manifestou, reiterando que procura todos os dias ser um “cidadão dedicado, humilde e agradecido”.
No que concerne às ações de ajuda às instituições e até às ações humanitárias a que já esteve associado, o empresário português avançou que a valorização da sociedade e do ser humano é o caminho para a construção de uma comunidade cada vez mais igualitária e solidária.
“Como já disse anteriormente, todos podemos ser filantropos. Eu não tenho a exclusividade, aquilo que tento fazer diariamente é dar o melhor de mim em prol de uma sociedade cada vez mais alterada onde os valores vão sendo esquecidos. Sou uma pessoa conservadora, fui educado numa casa tipicamente portuguesa e onde o respeito, educação e os valores faziam parte da rotina. Acredito que se todos colaborarmos um bocadinho podemos contribuir para uma sociedade mais justa, solidária e igualitária”, asseverou.
“Não faço planos sobre datas, horas e locais dos apoios que executo”
Ainda sobre a sua passagem pelo quartel da GNR de Penafiel, César DePaço recordou que tem apoiado, quer nos EUA, quer em Portugal, com várias ações as forças de segurança.
“Sempre contribui para as forças de segurança, sejam elas dos Estados Unidos, Penafiel ou outra parte do país. Não faço planos sobre datas, horas e locais dos apoios que executo, apresentam-me as necessidades e depois de analisar, contribuo”, avançou, fazendo uma balanço positivo da sua passagem por Penafiel.
“Foi um balanço positivo, por diversos motivos. Primeiro porque tive a oportunidade de conhecer o Drago, segundo pelo regresso ao Norte do País onde já não vinha há algum tempo e pelo convívio que me foi proporcionado pelos militares da GNR, onde tive oportunidade de conhecer as instalações assim como as suas dificuldades”, afiançou, recordando que as forças de segurança devem ser sempre apoiadas, quer pelo poder político, quer pela população.
“Já imaginou o que seria uma sociedade sem a sua polícia? Para mim será sempre uma prioridade continuar a apoiar as forças de segurança”, explicou, regozijando-se, também, pela oportunidade que teve de revisitar o norte do país.
“Regressar ao Norte de Portugal foi uma oportunidade de regressar a uma região que conheço relativamente bem, mas a visita teve um propósito que não a de visitar instituições”, concretizou.
“Sinto-me sempre bem no Norte, respeito muito as suas gentes e as suas culturas. Sempre que posso venho ao Norte do país”, declarou ainda.
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